25 julho, 2006

Pesquisas interessantes

Pesquisa 1:

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Agora esta é mais séria. Pesquisa 2:

As primeiras páginas dos jornais de hoje, do Brasil e do mundo.
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Uma viagem ao mundo inteiro dos jornais!
Aproveitem bem!

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23 julho, 2006

Comunidade libanesa pede paz no Líbano

Sábado, dia 22, os corredores e ciclistas que freqüentam o Parque Ibirapuera, em São Paulo, tiveram a companhia de uma comunidade que, na última semana, vem ocupando cada vez mais espaço na mídia: os brasileiros com ascendência libanesa. Vestidos de branco e caminhando em silêncio, eles tinham como propósito pedir o fim dos conflitos no Oriente Médio.
Enquanto tentam entrar em contato com seus parentes no Líbano e Síria, eles vêm se mobilizando no Brasil para chamar a atenção à guerra declarada entre Israel e o Hezbolá. A passeata que reuniu cerca de 200 pessoas na avenida República do Líbano foi realizada por quatro mulheres que, até cinco dias antes, nunca haviam organizado um evento do tipo.
A empresária Paula Cotait Kara José, responsável por divulgar o convite pela internet, foi uma das líderes. Ela visitou o Líbano pela primeira vez em julho de 2004, onde pôde conhecer, ao sul do país, Marjeyoun, a cidade de seus antepassados - hoje no centro do conflito.
Com planos de visitar a Síria no fim do ano, Babel Hajjar e sua filha Júlia de Oliveira Hajjar, de oito anos, também andavam pela avenida República do Líbano. Segurando uma bandeira libanesa, Babel explica que os planos de passar férias no Oriente Médio e visitar primos e tios-avós dependem do desenrolar dos fatos. Sua família, que mora em Beirute, já está nas montanhas, mas teve que deixar tudo para trás. A tímida Júlia conta que esta é sua primeira passeata. Também de branco, ela levava no rosto um desenho da bandeira do Líbano e, na camiseta, um adesivo escrito "Paz - passe esta mensagem" - impresso pela Gráfica Portuguesa gratuitamente para o evento.
HumanismoGeórgia Fajuri, que é membro da comunidade e fez a assessoria de imprensa do evento, explica que a iniciativa surgiu dos e-mails pedindo ajuda vindos do Líbano. "Disseram que tinha nove milhões de descendentes aqui e que nós podíamos fazer alguma coisa." O objetivo foi mobilizar a comunidade libanesa em São Paulo - com quase quatro milhões de pessoas - e a mídia, para pedir paz e servir de exemplo para que outras passeatas aconteçam no resto do país. "Não queremos ofender nenhum povo", afirma.
Mas a complexidade do conflito não foi atenuada pela simplicidade do convite ao evento, que dizia ser possível "fazer a diferença de forma 'pura', sem interesse econômico ou político, apenas pelo humanismo e paz". Na metade do trajeto, um grupo de manifestantes quase foi expulso pelas organizadoras por se recusar a retirar uma faixa em favor do povo palestino.
"Qual é o problema? Não são todos os árabes que podem participar? Aqui tem iraquiano, tem palestino..." reclamou um dos participantes. Hassaim Smaili, 16 anos, vestia uma camiseta em que estava escrito "Hezbolá" e cobria seu rosto como os manifestantes no Oriente Médio. Segurava uma placa com os dizeres "Bush e Blair: Cia. do Mal". Após o pedido da organização, perguntou: "Quer que eu escreva também 'I love Bush'?"
O acordo, segundo Simone Ziad, outra líder da passeata, era "levantar só a bandeira do Líbano". Um outro manifestante contrariado acusou: "Hoje temos no Líbano mais racismo que em qualquer lugar do mundo".
Uma bandeira da Palestina também se tornou alvo de reclamações de um casal, que protestava em árabe. "Eles estão pedindo para tirar. Dizem que hoje o movimento é pelo Líbano, e que a Palestina pôde participar da passeata de ontem", traduz Nicolau Farah, referindo-se à manifestação de sexta-feira na praça da Sé, que pediu o repúdio do governo brasileiro aos ataques de Israel.
Terminado o evento, Christiane Jafet, de 31 anos, chamou a atenção dos demais participantes para contar sua história. Brasileira, casada com um sírio, ela mora em Damasco, capital da Síria, há nove anos, e vem ao Brasil uma vez por ano passar férias. Dessa vez, chegou em São Paulo dia 10 de julho, dois dias antes do conflito chegar ao Líbano. "Os libaneses terão que se defender com sangue", diz.
De acordo com ela, os libaneses que fugiram para a Síria - mais de meio milhão - estão sendo hospedados pela própria população. "Não adianta só falar. Onde estão as Nações Unidas e os órgãos internacionais? Onde estão os árabes desse país?"
ConflitoNo 11ª dia do seqüestro de dois soldados israelenses - pretexto dos ataques ao Líbano - Israel atacou principalmente as torres de televisão e telefonia celular do vizinho do norte, com o intuito de restringir a comunicação entre os guerrilheiros do Hezbolá. Com o controle de duas cidades no sul do país, o exército israelense recomendou aos civis libaneses que deixassem a região.
Neste sábado, a ONU alertou para as graves conseqüências de um ataque terrestre de Israel, que já é considerado iminente. A entidade pediu a criação de um corredor humanitário por onde as organizações possam dar assistência às vítimas. O conflito já causou a morte de mais de 350 libaneses e 34 israelenses.

Retirado Terra Magazine