20 junho, 2011

Geração X, Y, Z?

Hoje em dia, é muito comum falar da geração Y, as suas necessidades e ansiedade. Porém, muitas vezes me pergunto, o quanto isto é verdadeiro, o quanto isto não é apenas um caça níquel e ainda por cima, mexendo com a cabeça de muitos jovens que ainda estão em fase de amadurecimento.

Sim, é verdade que esta geração, vem para o mercado com um conhecimento teórico mais avançado que tempos atrás. Mas, também é verdade que a facilidade de obter o conhecimento é maior que tempos atrás.

Porém, tenho visto e lido com freqüência, que muitos se escondem atrás de estereótipos construídos para exigir e não negociar reconhecimento, lembrando que reconhecimento deve ser conquistado, seja a base de merecimentos, seja à base de negociações honestas e corretas.

Realmente, existem talentos que não podemos deixar de enxergar e necessitam de atenção e lapidação do potencial. Mas a minha opinião, é que a grande maioria, são jovens normais, sem serem piores ou melhores que os outros e de outros tempos, que obviamente devem ser respeitados, treinados e preparados para o mercado.

Acredito que a “Geração Y” precisa de um valor importante que deve estar presentes em todas as gerações, Respeito e Educação. Respeito pelos seus pares, gestores e quando houver subordinados. Respeitar a experiência de que chegou lá e respeitar a opiniões de quem quer chegar lá.

Creio que a principal diferença de hoje com o passado, não muito distante, é a facilidade e velocidade das informações.

Lendo, é comum ver grandes empresas familiares, irem para ruínas por sucessão mal feita, onde os herdeiros acham que sabem mais que os patriarcas e querem mudar tudo. Algo, não diferente de se ver em jovens olhando para os seus gestores e que emitem opinião muito parecida a esta.

Também, tivemos grandes talentos que eram de gerações onde não existiam nomenclaturas para diferenciá-las. Alguém já ouviu falar, por exemplo, de Peter Drucker? Qual a sua geração?
Steve Jobs fundou a Apple com 21 anos e Beethoven que começou a compor sua peças com 8 anos. Buscando na história ou no Google, é fácil ver que durante décadas existem talentos que surgem de surpresa.

Assim, deixo a minha opinião que os jovens devem ser sim estimulados a aprendizagem e conhecimento, mas que a principal ferramenta para um mundo mais justo e harmonioso é educação e orientação imparcial, não deixando que os jovens acreditem que merecem tudo e de forma extremante rápida sem antes percorrer o caminho da experiência e convívio humano.

Antes de se perguntarem quando os outros entenderão a geração X, Y, Z seria interessante também, como entender as outras gerações. Como eu posso fazê-los me respeitar se não o respeito?
Até a próxima!